Justiça Eleitoral vai decidir se extinção de mandato de Pike foi legal
Câmara de Veradores de Canoinhas realizou a segunda-votação da questão durante esta semana.
A
Justiça Eleitoral deve analisar a vacância do cargo de Prefeito e Vice em Canoinhas.
Isso é o que determina o rito jurídico, mesmo após a votação a aprovação do
Decreto de Extinção votado em dois turnos pela Câmara de Vereadores do
município. A decisão dos edis foi confirmada na sessão da última segunda-feira,
14 e teve parecer unânime dos vereadores presentes.
Em
tese, a extinção do mandato de Renato Pike, que, também em tese, se tornou
prefeito após a renúncia de Beto Passos, só pode ser referendada após uma
criteriosa analise da justiça. Isso porque o caminho natural para que uma
Câmara de Vereadores afaste um prefeito ou vice do cargo é o Processo de Impeachment.
A Declaração de Vacância não é um instrumento
comum no direito eleitoral para tratar de lideranças vivas, uma vez que, não é
comum que pessoas que tenham a prerrogativa, não assumam seus postos sem dar a
devida ciência às instituições que regem o cargo. No direito Brasileiro a
declaração de vacância, ocorre, comumente, quando lideranças vem a óbito no exercício
do mandato.
Em Canoinhas, no entanto, ocorre um fato
atípico. Prefeito e Vice foram presos em decorrência de denúncias que, supostamente,
os envolvem em esquemas de corrupção. Devido a esta questão a Câmara tramitava
uma tentativa de abrir um processo de impeachment. Antes da votação, no
entanto, o Prefeito Eleito, Beto Passos, renunciou ao cargo de dentro do
presídio em uma carta enviada ao legislativo. Ainda assim, a Câmara votou e
decidiu abrir o processo de impedimento.
Pike, por sua vez, deveria ser
empossado prefeito, visto que o titular renunciou. Como está preso, no entanto,
esse fato nunca se concretizou. A responsabilidade de notificar novo prefeito é
da Câmara, a qual alega que Pike se recusou a receber e dar ciência na documentação.
Em tese, não assumiu o cargo e não renunciou, não se afastou nem pediu licença.
Como respaldo, registaram a negativa em um documento assinado por testemunhas,
referendando a tentativa de entrega.
Este é o principal conceito
que embasa o Pedido de Vacância: Como o vice-prefeito não assumiu o cargo de
prefeito, não se licenciou, não pediu a renúncia, dado o prazo legal, fez com
que os vereadores pedissem a extinção do cargo e a realização de uma nova
eleição.
A Defesa de Renato Pike, no
entanto, discorda do rito escolhido pela Câmara e afirma de que o seu cliente
não foi notificado, destacando ainda, que como o processo em que é suspeito não
transitou em julgado, ele tem direito a ampla defesa. Ainda segundo a defesa afastar um
prefeito por convicção viola a ordem constitucional.
DECRETO
LEGISLATIVO
Os vereadores mantiveram a
postura diante da apresentação para segunda votação do Decreto de Extinção do
cargo de Prefeito e Vice-Prefeito durante a Sessão desta segunda-feira, 13.
Com a ausência da vereadora
Silmara Gontarek (PSL) para tratamento de saúde, os nove vereadores foram
unânimes e aprovaram o Decreto que agora deverá ser encaminhado para a Justiça
Eleitoral.
A vereadora Juliana Maciel falou
antes da votação que é dever dos demais colegas vereadores aprovarem em segunda
votação: “é nossa responsabilidade dar ao povo a possibilidade de escolher um
novo governo, fomos escolhidos pelo povo, assim como queremos ver o povo escolher
outro prefeito e vice-prefeito”.
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