Kátia Oliskowski diz que não há caos na saúde e defende contratos com o Hospital
Secretária de Saúde de Canoinhas foi sabatinada na noite desta terça-feira, 17, durante sessão da Câmara de Vereadores.
Após requerimento elaborado
pelos vereadores Marcos Homer (POD); Juliana Maciel (PSD); Tati Carvalho e Zenilda
Lemos (MDB); a Secretária de Saúde de Canoinhas, Kátia Oliskowski, esteve na
sessão da última terça-feira, 17, prestando esclarecimentos sobre a pasta. Na
tribuna disse que não há caos na Saúde do município e defendeu os contratos
firmados com o Hospital Santa Cruz.
“A gente tem ouvido que a saúde
de Canoinhas está um caos, e eu me pergunto todas as manhã sobre isso (...),
estamos numa situação difícil? Estamos! Mas a gente tem que tomar cuidado para
não ofender quem está na frente do serviço”, esclareceu.
Kátia afirmou que as redes
sociais inflamaram discursos que não condizem com os princípios que norteiam o
atendimento do SUS – Sistema Único de Saúde – e que os canais oficiais de
reclamação não estão recebendo a demanda: “até a minha sugestão é tabular essas
informações – que estão sendo apresentadas pelos vereadores – para a gente
tentar entender onde estão essas reclamações”, pontuou.
A Secretária destacou que
existem dois contratos firmados com o Hospital Santa Cruz, um de urgências e
emergências e outro para atendimentos eletivos e que na opinião dela, salvo uma
irregularidade com o registro de uma especialidade, não existem pontos não cumpridos
pelo prestador do serviço. Ela defendeu a manutenção das atividades: “se fosse
com meu pai, eu prefiro que ele seja atendido aqui e não numa cidade fora”,
justificou.
PLANTÃO
Kátia esclareceu a operacionalidade
dos contratos de plantão. De acordo com ela o convênio é junto ao Hospital
Santa Cruz, no qual o médico fica a disposição do município presencialmente. Ela
ressalta que o contrato é com o próprio hospital e que é ele quem gerencia o
serviço, bem como controla a contratação e escala dos médicos.
De acordo com o relato da secretária,
para acessar as especialidades, o paciente tem de dar entrada na UPA – Unidade de
Pronto Atendimento – que é a porta de acesso do SUS. Na UPA quem vai encaminhar
para a especialidade médica de urgência e emergência é o médico que realizar o
atendimento. O paciente, então é levado ao centro médico do hospital, onde
passará por uma nova triagem. Havendo, de fato, a necessidade do atendimento,
ele será recebido pelo sistema.
Questionada sobre relatos de falta
dos plantonistas, disse que recebeu essas informações e que todas eram questões
de urgência. Sobre a questão, disse que encaminhou a demanda aos órgãos de
fiscalização e regulação.
Também
em resposta a questionamento, afirmou que nunca houve relato de uma complicação
médica de um paciente devido ao plantonista não estar na função do Plantão, em
virtude de estar em outra especialidade. Para Kátia, o Médico Plantonista só
precisa estar a disposição no momento em que lhe é demandado, podendo ele,
segundo ela, exercer outras atividades na unidade de saúde.
SOBREAVISO
Neste caso a secretária explicou
que o médico deve comparecer em tempo hábil para não comprometer o estado de
saúde do paciente, mas que não existe um tempo determinado para que isso
ocorra, conforme resolução do Conselho Regional de Medicina. No entanto, foi
alertada pela vereadora Tati Carvalho que o contrato firmado prevê um prazo de
uma hora para a apresentação do médico.
PEDIATRIA
Kátia também falou sobre a falta
de médicos pediatras no município. De acordo com ela há vacância do cargo e não
tem profissionais inscritos nos processos seletivos para ocupar a vaga. “Os
profissionais não tem interesse em atender SUS, não podemos obrigá-los”,
defendeu-se.
Ela também destacou que a
contratação de Pediatras é uma necessidade regional e até estadual pela escassez dessa especialidade.
SUPERLOTAÇÃO
NA UPA
Sobre a UPA e a alta demanda, a
secretária destacou que existe equipe habilitada para dar conta do atendimento.
Seriam 54 horas de atendimento médico/dia disponibilizado na instituição, porém,
que há casos onde o atendimento fica muito demorado devido à pressão no
sistema.
Kátia explicou que na UPA os
pacientes não marcam hora para a consulta, devido a ser o atendimento
emergencial, no entanto, quando muitas pessoas procuram a unidade no mesmo período,
o sistema sobrecarrega e há atrasos no atendimento.
Ela destacou, ainda, que os
pacientes tem de entender que o atendimento médico precisa de tempo: “existe o
tempo de acolhimento, o tempo para a dispensação dos remédios”, frisou ao
afirmar que não é possível acelerar as consultas, somente em virtude da demanda
alta.
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